Variedades: Pelargonium graveolens

Nem sempre a lógica ajuda. Malva-cheirosa não é uma malva, e sim um gerânio. Embora não tenha as habilidades medicinais da malva, essa plantinha africana pode ser bem interessante para os comedores de flores. A arte busca inspiração nas formas da natureza.

Há malvas-cheirosas de diferentes cultivares, com aromas de rosa (o mais comum e que dá o nome da planta em inglês: rose-scented geranium), mas também de cravo, canela, limão, etc., como o manjericão ou o tomilho. Eu já usei as folhas rendilhadas da minha planta para aromatizar pão e na geleia de acerola, onde elas parecem suspensas no âmbar. A malva-cheirosa cresce para cima, então é prudente estaquear. É bom retirar folhas e flores murchas, pois ajuda o surgimento de novos brotos. Ela gosta do clima gaúcho, pois sua terra de origem, a África do Sul, também tem clima subtropical (olha a geografia aí de novo). Convém evitar geadas e solaços. É dos 10 aos 25C que ela fica numa boa. Como as sálvias, ela não gosta de ter suas folhas borrifadas. Na primavera, ela "pega de galho" e cria uma nova planta. A terra deve secar um pouco entre regas.

Para encerrar, o luxo da semana: açúcar aromatizado com malva-cheirosa. É só colocar uma camada de açúcar num pote, folhas de malva-cheirosa (eu dei uma macerada antes) e completar com açúcar. Esperar uma semana antes de usar, a fim de que o aroma impregne bem. O açúcar, como o sal, conserva. Pode ser empregado no chá, no café, em pães doces, bolos, biscoitos, gelatinas, mousses, sorvetes...