Como todo gourmet, sou fã do ratinho Remy, da animação Ratatouille. Acontece que, além de dividirmos a paixão pela cozinha, outra paixão nos é comum: os queijos. Quesos - como dizem os uruguaios. Meu ídolo se esbaldaria aqui, na Calle Agraciada, que é a rua paralela à Sarandí dos free shops, em Rivera. É uma queijaria atrás da outra.
Olhem, amigos gulosos do mundo inteiro, e suspirem diante de vitrines como essa:
Olhem, amigos gulosos do mundo inteiro, e suspirem diante de vitrines como essa:
O Uruguay tem uma Cooperativa de produtores de leite, a Conaprole, que produz a maioria dos queijos revendidos pelas queijarias, além do fantástico doce de leite, da manteiga e dos iogurtes, todos muito bons. Dessa vez, comprei cunhas de queijo tipo parmesão, tipo fontina, tipo emmenthal, tipo Gruyère e um pedaço de queijo parrillero, que é um tipo provolone temperado com chimichurry (uma mescla uruguaia de temperos picados), para derreter na grelha.
Aqui, o depósito da Queseria Le Carroussel. Os simpaticíssimos vendedores fizeram questão de que eu entrasse e tirasse fotos. Eles nem sabem o perigo que correram esses tranquilos queijinhos aí sentados...
Algumas observações sobre queijos: a gente deve dizer tipo..., porque não são produzidos lá na região de origem, que costuma ser na Europa. Portanto, a denominação de origem não se aplica aos feitos aqui com a receita de lá. Queijos, assim como vinhos, tem um terroir que se inicia com a própria alimentação das vacas, a raça delas, o jeito de fazer e toda a experiência (ou falta dela) do queijeiro. Houve uma experiência, na França, de automatizar a virada dos queijos, feita durante a maturação a fim de que eles sequem de maneira uniforme. Não deu certo, é claro, porque é necessário um discernimento humano treinado para saber quando o queijo deve ou não ser virado. Me disse o Guerra, dono da Queijaria Valbrenta, lá do Vale dos Vinhedos, que o filme plástico é o melhor amigo do queijo que a gente já tirou da embalagem original e está guardando na geladeira. Se mofar, é só dar uma lavadinha e uma escovadinha com água quente, tirar a camada mais superficial e... tá novo. Ah, um detalhe: essa película colorida que cobre os queijos não é de comer, hem.
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