Confesso que não tenho cozinhado muito nos últimos dias, mas esse paozinho, que aprendi a fazer na Escola de Gastronomia, salvou meu bom nome no último almoço entre amigos a que compareci. Trata-se do Pane di Vino e Formaggio (ou em bom talián, pan vin e formàio). Claro que a receita original foi desobedecida, embora pães e confeitaria sejam terreno perigoso para a rebeldia. Enfim, eu fiz assim: coloquei um quilo de farinha tipo 1 em uma bacia grande e misturei 20g de fermento biológico de saquinho. Dissolvi 10g de sal em 300ml de vinho merlot e fui sovando, completando aos poucos com água (cerca de 450ml). Eu não tenho amassadeira e não gosto de sovar pão em batedeiras e cilindros, então, depois de 45 minutos de sova manual, a massa estava em ponto de véu e eu agreguei 200g de queijo colonial ralado e uns 50g de pecorino que estavam dando sopa na geladeira. Moldei uma bola única, que repousou por 20 minutos. Enquanto isso, o forno aqueceu a 200 C. Porcionei em bolinhas de 50g, decorei com um corte de tesoura em cruz, pincelei com gema batida, polvilhei com gergelim negro, deixei crescer por uma hora, assei por 30 minutos, com calor em cima e embaixo (um superpoder do meu lofra, meu querido lofrinho). Cabe ressaltar que esse é um pão de escola italiana, que não leva gordura e que tende a ficar duro. Eu aumento a proporção original de vinho porque senão a gente nem sente o gosto nem vê a cor. Acho que quanto mais encorpado o vinho, melhor o resultado. Fiz com um merlot pq era o q estava aberto, mas creio que um carmenère teria sido mais bonito. O gergelim é coisa da minha cabeça. Na verdade, se polvilha com queijo ralado. E nada de queijo ralado de pacotinho: tem de ralar na hora, no ralador. Quem quer comer calorias tem de gastar calorias, hehehe.
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