Un Giardin sul Balcon

"Non ghe xe erba che la varda in sù che non la gabbia la so virtù" (da tradição vêneta)

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Arroz de Leite


Sabem aqueles sonhos recorrentes, que volta-e-meia a gente tem? Entre os meus preferidos, estão o sonho em que eu visito uma biblioteca com as continuações imaginárias das histórias que mais gostei e o sonho em que mergulho numa piscina de arroz de leite. Não é lá muito criativo (a Isabel Allende diz que tem o mesmo sonho), mas adoro quando acontece. Acordo satisfeita e não engordo nadinha. Esse comfort dream escancara um conflito que eu vivo. Meu id ama arroz de leite, mas meu superego nunca me permite cozinhá-lo em casa. Meu ego, muito vivo, acha um meio-termo: comer, uma vez por mês, o arroz de leite da Dona Lyra, no restaurante Meu Cantinho, em Encruzilhada do Sul. Acontece que, sexta passada, estive lá. O ego liberou um educado potinho no almoço, mas o id se rebelou e comprou uma marmitona para devorar depois. Qual não foi minha desilusão quando o superego me traiu e me fez esquecer o doce dentro do carro que mandei lavar!!! Ai, que vontade eu passei! Ai, que castigo é a gula! Final da história: Hoje, lidei até encontrar a receita de outra exímia "fazedeira de arroz de leite", minha amiga Raquel, e fiz esse pratão, só para mim, nham, nham. (nesse instante, o id bota a língua pro superego e o ego suspira, exausto e precisando de férias...)


This is the epitome of gaucho desserts: sweet rice. A Portuguese or Spanish heritage, this dish is made with a cup of rice cooked in 4 cups of water, no oil nor salt needed. Then, a cup of milk and a table spoon of saltless butter are added. When the cream has reached some thickness, out of flame, a well-beaten zabaione of two eggs and two spoons of sugar (and maybe a little port) is poured into the pan. Once cooled, it can be sprinkled with ground cinnamom and served.

2 comentários:

  1. muito bom!!!
    chego "ouvir" vc falar...nem te conheço!
    bjs

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  2. Beatriz escreveu: "Muito bom! e eu que nunca comi "origone" e só penso nisso..... sabes fazer? bjs" - oi, Bia, vou comentar aqui o que postaste no facebook. Origone é uma passa de pêssego que o pessoal da fronteira come com arroz. Meu falecido tio Antênio, que era alegretense, quase chorava de emoção com o tal do origone. A mãe de uma amiga, que é de família polaca lá de Encruzilhada, já me deu origone para comer e confesso que desafiou meu paladar, pois não sou muito afeita às misturas de doce e salgado. Posso aprender com ela e colocar aqui no blog. Aguarde os próximos posts!

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