Eis aqui o melhor de todos os temperos para peixe: o endro ou dill. Esqueçam aquelas sementes secas e miseráveis que se encontram no supermercado. Com essa erva fantástica, é tudo ou nada. O endro, que os poloneses chamam koperek, é a salsa da Polônia. Está sobre a nata azeda que encobre deliciosos pastéis (pierogi) ou uma refrescante salada de pepinos (mizeria), sobre as sopas geladas, as gelatinas salgadas, as conservas em vinagre e tudo o mais que na intrigante culinária eslava subverte o nosso paladar. Endro fresco é um ingrediente sine qua non do gravlax escandinavo (salmão curado em sal e açúcar com endro, prensado e fatiado como um sashimi) e, antes que me perguntem, NÃO. Endro não pode ser substituído por funcho. Nada a ver. Tão diferente como a salsa do coentro. Aparência e gosto nem sempre andam juntos. Comprem um pacote de sementes de endro e atirem em qualquer lugar. Em uma semana, haverá uma moitinha. Em duas, uma floresta aromática. O endro não tolera transplante, então é bom jogar as sementes no local definitivo. É bom que receba bastante água, ou suas folhas frágeis queimarão em questão de dois dias. Quando surgirem as umbelas (a que já me referi num post anterior), é hora de colher, pois ele logo morrerá e terá de ser replantado. Isso acontece mais ou menos em janeiro. Como é no verão que mais comemos peixe, eu preservo as umbelas no vinagre branco ou no azeite.
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