Un Giardin sul Balcon

"Non ghe xe erba che la varda in sù che non la gabbia la so virtù" (da tradição vêneta)

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Filhote


Cari amici Signor Roberto e signora: ho ricevuto il suo e-mail e sono contentissima che siete leggendo il mio blog e principalmente che avete deciso di piantare anche voi il suo orto. Questa pietanza la ho fatto oggi a cena, con un pesce da fiume che la mia mamma ha portato da Belém, una città dell' Amazonia, circa 4000 chilometri da noi, nel SudBrasile. Il pesce si chiama "Filhote", che significa "cucciolo", ma è un animale grande, puó raggiungere un metro, un metro e mezzo di lunghezza. Il suo sapore delicato e la carne tenera sono, infatti, squisiti. La mamma mi ha portato anche un' erba che non conoscevo, la "chicória", che sembra tantìssimo il cumino nel suo profumo. Con questa erba amazonica ho insaporito il couscous, ma anche con la curcuma, un pizzico di zenzero, peperoncini tipici dal NordBrasile e un burro al endro. Veramente un piacere!

Minha mãe chegou de Belém do Pará e trouxe diversas curiosidades de lá. Uma é o peixe filhote, uma delícia de rio, de carne macia e gosto suave, que cortei em postas para ser o secondo di pesce do nosso natal. A outra era o jambu, erva que dá uma sensação eletrizante na boca (segundo ouvi dizer), que veio com as raízes e já foi devidamente plantada. Das pimentas de cheiro do Mercado Ver-o-Peso já sou consumidora antiga, encomendo há dez anos, sempre que minha mãe dá aula lá em Belém (a 4000 km daqui). Legal mesmo foi a tal "chicória-do-Pará", uma erva meio suculenta, com cara de radiche roxa e cheiro surpreendente de cominho! A raiz foi pra terra e pegou bem. As folhas viraram um pesto com óleo de castanha do pará para temperar peixe. O que mais eu botei ali? Hummm, vejamos: curcuma e ervilhas no cuscuz de semolina, raspas de gengibre, pimenta de cheiro e manteiga de endro sobre o peixe filhote. Se esse é o filhote, que coisa boa será o papai dele!

P.S: Obedecendo a Priya, que tem toda a razão, transcrevo aqui o conteúdo do meu próprio comment:

A chicória-do-pará (Eryngium foetidum Lam.) é um tempero mais antigo que a descoberta do Brasil, usado pelos índios e chamado de nhanbi, conhecido como substituto do coentro nas culinárias do norte e nordeste. É uma espécie presente em todo o Brasil tropical (aqui não, portanto). As folhas suculentas e rústicas tem uma durabilidade muito superior às do coentro ou do cominho, com um  aroma muito semelhante.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Mais Massa!


...E seguem minhas aventuras com a maquininha. Hoje, algo mais exótico, para demonstrar o uso do curry e da erva chamada curry plant (Helichrysum italicum) num só prato. Cortei os tagliatelle de mandioquinha (batata baroa) e cenoura. Piquei uma cebola, salteei em azeite de dendê, acrescentei iscas de peito de frango já temperadas com sal e pimenta e uma colher de curry médio. Refoguei bem. Juntei a "massa", 100ml de leite de coco e 200ml de água. Ajustei o sal, tampei, deixei ferver baixo por 10 minutos, servi com folhas de curry plant e pétalas de cravo vindas do giardin. É importante lembrar de remover a base esbranquiçada de cada pétala, pois o gosto é amargo.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Spaghetti Vegetal


Trouxe da Itália uma gambiarra muito engraçada, que achei nas prateleiras da Eataly: um tagliaverdura. Trata-se de uma peça de plástico injetado com lâminas em diagonal que é capaz de transformar em fios qualquer legume cilíndrico. Hoje, usei-o pela primeira vez para fazer essa massa de zucchina com o que tinha na geladeira e no giardin: cebolas, pimentões, salsa e manjericão. Ficou tão gostoso (e muito mais light) que a massa com os mesmos ingredientes que comi ontem. Salteei a cebola picada e o pimentão amarelo em azeite, acrescentei os fios de zucchina, sal, pimenta e finalizei com salsa picada e manjericão alfavaca. Esperem por vários outros spaghetti como este, porque adorei e vou brincar bastante com a minha maquininha.