A Zero Hora (jornal gaúcho) andou elogiando a Raabelândia, restaurante de beira de estrada em Pantano Grande, parada obrigatória de quem vai ao pampa (Bagé, Alegrete, Santana do Livramento e adjacências). Foi como elogiar jogador de futebol. Descontente com minha última experiência lá (perderam as estrelas no meu guia Michelin), resolvi parar num tal Restaurante da Fonte, perdido em algum lugar entre São Sepé e Cachoeira, só por causa da pérgola sombreada que eles fizeram para estacionar os carros. Grata surpresa, a começar pelos jardins comestíveis ao redor do lugar, no melhor estilo Rosalind Creasy: laranjeiras carregadas, flores de abóbora... Como o pessoal daquelas bandas diz, para comer lá não pode ser fresco: é comida caseira no más. O restaurante é feio como casa de tia-avó, com direito a parede verde, toalha de oleado laranja e samambaia. O garçon veio de boina Kangol e bota. Mas a boia... slow até não mais poder. Feijãozinho com toucinho, carne de panela e aipim em algum estado entre o sólido e o líquido... De sobremesa, adivinhem: só sagu. Pela janela, a delicadeza suprema do paisagismo gaudério: um crânio de boi enfiado num moirão da cerca. Um clássico, com certeza.
PS: Claro que esse pratão aí da foto não era o meu, né, era do Gusta, heheh.
Oi Michele,
ResponderExcluirSou a Neila,uma gaucha que ja mudou dai a muitos carnavais,atraves da minha comadre te achei e estou adorando,morro de rir com seus comentarios gauchescos italianescos etc..Como vce. sou chef e gosto muito.
Beijos
Neila
Oi Neila, que satisfação ler teu comentário e saber que te divertes com esse blog tanto quanto eu. Ser gaúcho é um estado de espírito, não um estado geográfico, não é mesmo? Te sente à vontade para dar tuas contribuições sempre que desejares! Um abraço!
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