Ainda é raro encontrar varietais em Porto Alegre e, na minha humilde opinião, é mais fácil harmonizar um azeite ao ingrediente principal quando a gente sente o gosto de um tipo de azeitona só.
Embora a gente se paute pela regra geral: gosto verde - alimento de gosto forte; gosto amarelo - alimento suave, muito é questão de paladar. Eu, por exemplo, prefiro azeites um pouco amargos, com gosto de...capim (que novidade!) A picual de Jaén, Andaluzia, é bem assim. Comprei logo um galão. A arbequina da Catalunha também é cultivada na Argentina e no Uruguay e eu já a conhecia do azeite Colinas de Garzón, que é um corte fantástico de arbequina (mais amanteigada, com um toquezinho picante) e coratina (um cultivar pugliese, bem encorpado). Comprei ainda um hojiblanca que não está na foto, esse de gosto bem verde, verdão.
Como eu uso esses azeites? Sobre um legume brevemente refogado, como alho-poró ou broccoli. Outra coisa boa e bonita são esses azeites aromatizados: um com trufa (pedacinho microscópico, mas tá valendo) e outro com cardamomo (ingrediente da categoria "bom até com terra") e peperoncini.
Por fim, um azeite D.O.P toscano (vamos ver se a Rosa Nepomuceno estava certa quanto à qualidade dos azeites dessa região) e azeitonas recheadas com amêndoas, um mimo uruguaio sem igual. Os gregos antigos é que sabiam das coisas: cozinhavam com azeite, bebiam azeite, iluminavam com azeite e tomavam banho de azeite...
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