Caríssimos leitores: Obrigada pela marca atingida de 4000 acessos desde janeiro de 2011. Sinto-me honrada em ser objeto de tanta atenção, quer seja pelas imagens, quer pelo texto. Espero continuar à altura de tanto interesse pelo mundo afora. Um agradecimento especial aos meus leitores portugueses: Navegar é preciso, mesmo que seja na internet, não é mesmo?
Pois. Em segundo lugar, peço desculpas pela ausência de postagens durante os últimos cinco dias. Estive terrivelmente gripada e, em decorrência, jardinei pouco e cozinhei menos ainda. Isso sem contar os três dias de blogger fora do ar. Retomemos, então, meus queridos, com a série de comidinhas de outono, a melhor estação do ano para comer, na minha opinião.
Lentilhas. A base ideal para temperos. Muitas vezes, a gente deixa de comprar no super, por preguiça de fazer. Sempre que tenho preguiça de fazer uma coisa, eu a decomponho em múltiplas tarefas menores. Então, assim que compro, deixo de molho na água, por 24h e cozinho em água e sal, por cerca de duas horas, no dia seguinte. Não, eu não uso panela de pressão e morro de medo delas.
Se elas ficarem prontas e eu não estiver a fim de cozinhar, eu simplesmente as congelo. Num dia de chuva, como hoje, tempero nas seguintes etapas:
Etapa 1: panela quente, azeite, cebola roxa picadinha, pimenta malagueta (um pedacinho), bacon e aipo picadinho. Faço um soffrito ou desfrito, que, como já expliquei, é a base da culinária local e da vêneta também. Acrescento as linguicinhas calabresas defumadas.
Etapa 2: misturo as lentilhas e acrescento uma folha de louro machucada (tiro o cabinho e a nervura central, amasso um pouco) e ajusto o sal. Cuidado, porque o bacon e as linguiças tem sal e vão libera-lo aos poucos. Deixo levantar fervura.
Etapa 3: Sirvo coberta de cebolinha picadinha, folhas de manjerona e lascas de pimenta fresca. Cebolinha e manjerona são ervas delicadas, de óleos essenciais altamente voláteis, que se apresentam em sua melhor forma quando acrescentadas no último segundo antes de servir. Outro detalhe: os franceses cortam com tesoura a cebolinha, alegando que assim ela preserva ainda mais os aromas. Minha mãe me trouxe essa tesoura estranha do Canadá, que serve justamente para isso. Confesso que não consigo notar a diferença no aroma, mas acho muito prático cortá-las assim.
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