Un Giardin sul Balcon

"Non ghe xe erba che la varda in sù che non la gabbia la so virtù" (da tradição vêneta)

quarta-feira, 9 de março de 2011

As Aventuras do Hibisco

Oi, gente! As próximas postagens demonstrarão que não escrevi durante os últimos dias por absoluta falta de tempo!
A geleia de hibisco era uma coisa mítica para mim, assim como os unicórnios e os macrobióticos. Me encantava a ideia de uma flor tão tropical, de aparência tão pouco comestível, ter tantos nomes gostosos: grosélia, vinagreira... Desde o início do ano, vinha fazendo testes frustrados com o hibisco desidratado que algumas pessoas tomam como chá para emagrecer (pensando bem, talvez tenha sido essa a causa das falhas críticas): queimei panelas, produzi coisas azedíssimas e sem ponto, um horror. Até que, lá na feira ecológica, sempre ela, encontrei feixes de hibisco que estavam a venda como flores decorativas. De fato, são ramadas bastante plásticas, de um desenho minimalista, que combina mesmo com a decoração contemporânea. Enfim, as minhas foram mesmo para a panela, sem delongas.
O primeiro passo, assaz trabalhoso, é arrancar os cálices dos galhos e remover, com uma faquinha, a base e o fruto, deixando apenas as belas sépalas acima. Havia uma multidão de insetinhos variados dentro delas: aranhas, besourinhos, cochonilhas, etc, de modo que recomendo que essa limpeza seja feita com muito cuidado, em lugar claro, sem pressa.

Aqui, uma utilidade curiosa: as folhas do hibisco podem ser preparadas como um espinafre e realmente parecem avinagradas. São muito saborosas. O único problema é a baba que se desprende delas (o que não incomodará os amantes do quiabo).

Eis aqui a lindíssima schmier (ou chimia mesmo) de hibisco. Amei a cor, acima de tudo. O gosto é muito bom, com o toque ácido que eu creio ser indispensável em todo doce. A consistência, por outro lado, pode se tornar um problema, pois as sépalas tendem a ficar borrachudas depois do primeiro dia.

Dois doces ácidos que eu amo: hibisco e maracujá. Belo contraste de cor, complementariedade de sabores.

E aqui, para os amantes dos doces tradicionais, uma variação interessante do manjar de coco. É uma alternativa ao sabor da calda de ameixa, que para mim sempre lembra laxativos. Além do mais, é bonito e eu acho que fica bem até mesmo em um jantar de cerimônia. Sigo experimentando novas indicações para esta geleia. Ah, como se faz? Bem, eu despedacei os cálices limpos, piquei grosseiramente com a mezzaluna e fiz a seguinte medida: uma xícara de hibiscos e uma xícara de açúcar, com um pouquinho de água para não queimar. Deu ponto muito rápido. Uma ressalva: não é qualquer hibisco que se come, não adianta assaltar a cerca viva. Trata-se do Hibiscus sabdariffa, que dá uma flor branca de miolo maravilha.













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