Aqui estão os básicos: água de fumo, misturada com álcool e sabão derretido (que pajelança!), óleo de neem e fertilizante a base de sulfato de cobre. Além disso, eu tenho cal e sulfato para fazer calda bordalesa e hormônio enraizador. Não vou ser hipócrita de dizer que não recorro eventualmente à permetrina, até porque a luta contra os parasitas é inglória no alto de uma sacada batida pelo vento. Mas inseticidas estão longe de ser panaceia e tem de ser usados como os antibióticos nas pessoas: de modo responsável. Existem pragas que são imunes ou resistentes ao inseticida, mas que desaparecem com receitas orgânicas. Depois de muita luta, aprendi que tem de estudar o bicho e seus hábitos: as cochonilhas, que se prendem nos galhos, deslizam com óleo de neem. A mosca branca, que é uma praga horrorosa de legumes como os tomates e zucchini, sofre com a nicotina (não precisa agrotóxico comprado: calda de fumo nela!). Os fungos não incomodam se a gente pulveriza preventivamente com a calda bordalesa. Dizem que lesma se pega com cerveja, essa eu ainda não precisei. Outros recursos, como a catação manual e uma bela lavada na planta, embaixo da torneira mesmo, também ajudam. O bom é alternar os recursos e sempre fertilizar, pois a planta forte não está nem aí para as pragas. Até o fertilizante é bom alternar: farinha de osso, torta de mamona, compostagem... só não vale NPK, que contamina a água que a gente vai beber depois. Regar certo, nem demais, nem de menos, é essencial. Colocar a planta no sol ou na sombra, como ela gosta, também. Isso não tem receita fácil: a gente descobre aos poucos, acertando e errando. Para se tornar um expert em um assunto, nosso cérebro necessita de 10.000 horas de prática. Mãos à obra!
PS: Olhem, olhem muitas vezes as plantas, treinem o olhar para ver as pragas, sob as folhas, nas forquilhas, caminhando na terra do vaso... sempre tem alguma coisa. É como o câncer: quanto mais cedo a gente descobre, mais fácil de curar.
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