Resolvi postar algumas fotos da região de onde provém a minha família, Bento Gonçalves, cidade da Serra Gaúcha, que foi, juntamente com Garibaldi, uma das primeiras colônias de italianos do Estado. Minha família aportou aqui, na virada do século passado e quase todos ainda moram aqui ou voltam para cá, depois de andanças pelo mundo. Eu pretendo voltar também, um dia. Por enquanto, minhas visitas a Bento se resumem aos fins de semana, para ver a nonna e muitos amigos, para comer bem e comprar comida. Teutonia, onde moro, fica a quarenta minutos de Bento, mas como é uma zona de colonização alemã, parece ser outro pais.
For those who aren't from Rio Grande, this is the hometown of my family, Bento Gonçalves or simply Bento. Bento was first called Colonia Dona Isabel, named after a Brazilian Princess, who abolished slavery in our country. Because of her act, European immigrants were brought to work in the coffee lands, but some also came south. My family has been here ever since and those who does not live here, like myself, dream of coming back. I live fourty minutes from Bento and spend a lot of weekends here, visiting relatives and friends, eating out or buying food supplies.
Essa é uma das vinícolas de Bento, que antes das emancipações das cidadezinhas ao redor, era o maior produtor de vinhos do Brasil. Ainda é o maior produtor de vinhos finos, com duas regiões que detem denominações de origem: o Vale dos Vinhedos (que eu conheci como 15da Graciema) e a região de Pinto Bandeira (que carinhosamente é conhecida como a Pinta, mas que eu também conheço como Nova Pompeia).
This is the Salton family Vineyard, one of many wineries which made of Bento a most beloved turistic destiny for Brazilians from all over the country. Bento produces good wines and even better sparkling wines, with two DOC regions: the Vale dos Vinhedos and the Vinhos de Montanha (around Pinto Bandeira).
Por sinal, essa é a Matriz de Pinto Bandeira, Nossa Senhora da Pompeia, onde eu fiz a minha primeira comunhão. As colônias da minha família ficavam na Linha Brasil, quinta seção baixa do Rio das Antas, hoje pertencente a Pinto Bandeira, emancipado. Nos fins de semana, a família ainda cuida da colônia que foi do nonno e do irmão dele.
This is the church of the little town of Pinto Bandeira, where I took my first eucharisty as a kid. The colonias - small land proprieties of my family belong to this town nowadays and I used to spend many, many weekends here while I was growing up. Some of my relatives still do.
A ferradura do Rio das Antas, rio perigoso, caudaloso e assustador da minha infância, que nos separava dos polacos de Veranópolis, na outra margem e que inundava as colônias, nos invernos chuvosos. Rio de corredeiras, onde se pratica rafting lá em Santa Teresa, rio de muitas piadas, carinhosamente chamado Rio da Zanta (um trocadilho com o jeito italianado de pronunciar a palavra janta, em português).
And this is the Antas' River "Horseshoe", a bend of the river that seems... a horseshoe, doesn't it? For the record, anta (Tapirus terrestris) is the biggest mammal of South America, similar to a pig with a snout, that can weight 300Kg, but is usually smaller. I have never seen one out of the zoo, but I think they might have been all eaten by our ever hungry predecessors, the italian immigrants, who have also promoted a genocide in the bird populations around here, in order to prepare polenta e osèi (polenta with small birds - what an atrocity)... This is the river of my childhood, dangerous, caudalous, rich in treacherous pits and stones, a natural fronteer between us and the Polish descendants of Veranópolis, fountain of endless fish, drowning tales and jokes... mistakenly called Rio da Zanta (something like River of Supper in a italianized way of speaking Portuguese).
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