Un Giardin sul Balcon

"Non ghe xe erba che la varda in sù che non la gabbia la so virtù" (da tradição vêneta)

sábado, 17 de setembro de 2011

Fritelle in Verde alla Menta


Queste fritelle vegetariane sono pronte in una decina di minuti e vanno servite appena pronte, come antipasto stagionale. Grattugiate grossolanemente 3 zucchine, mettele in una ciotola capiente, con 2 o 3 cucchiai di birra o acqua gasata, 100g di farina setacciata, 100g di formaggio gratuggiato non filante, due o tre uova sbattute, sale, pepe e il trito aromatico. Io ho scelto la piantaggine (Plantago spp), la menta e un tocco di borragine (Borago officinalis). Voleva un sapore fresco che si contraponesse al pesante fritto. Mescolare bene, bene e friggere in abbondante olio. Passatele su carta assorbente. La Piantaggine è un erba spontanea che cresce ovunque, incluso nelle città. Veniva usata già da molto tempo, come cibo e come medicina e è stata trovata nello stomaco delle mummie di palude dal secolo IV a.C. Le foglioline vanno mangiate crude, in insalate di campo. Le foglie piu grandi possono essere cotte come spinaci oppure usate in fritatte, polpette e torte salate. La piantaggine possiede doti cicatrizzanti e ben tritata e cruda, posta sopra una ferita, la guarisce rapidamente o blocca una emorragia.


Quem, como eu, já quis saber o que comiam os celtas, tem aqui um excelente exemplo: esta é a tansagem ou tanchagem (Plantago spp.). Vestígios dela foram encontrados no conteúdo estomacal das chamadas bog people, as fascinantes múmias do IV século a.C. encontradas nos pântanos, conservadíssimas. As pessoas a conhecem como chá contra tosse e dor de garganta. Suas propriedades anti-inflamatórias fazem dela um bom truque contra picadas de inseto, machucados e outras mazelas da vida ao ar livre. Hoje foi a primeira vez que a comi. Tenho dois exemplares grandes, um comprado, o outro espontaneo. Boa panc que é, a tansagem é de facilíssimo cultivo, gostando de sol e muita água, se ressemeando sozinha e crescendo vigorosa, alheia às pragas que assolam as exóticas. É muito mais fácil de cultivar que a couve, pois não sofre o mesmo assédio das lagartas. Rende infinitamente mais que o espinafre.

Eu misturei umas três receitas diferentes, improvisei com o que tinha em casa, e saíram os bolinhos dali de cima. Até o Gusta, que é chatinho para experimentos-culinários-herbáceos, aprovou. Eu fiz assim: colhi quase todas as folhas da planta aí fotografada, mais uns ramos de hortelã-pimenta e umas folhas de borragem, cortei tudo em chiffonade, misturei com 3 abobrinhas raladas (nunca até os miolos, pois são amargos), 3 ovos pequenos, farinha até dar ponto de bolinho (cerca de 100g), uns 100g de queijo ralado (eu tinha um provolone, mas é melhor um queijo duro como o parmesão), uns goles de cerveja ou de água mineral, que dão leveza à fritura com seu gás, sal e meio chili picado. Tudo bem integrado, que nem massa de bolinho de arroz, foi só fritar e servir como antipasto. A Priya está coberta de razão quando diz que nosso desafio é tornar as Pancs atraentes para o consumo gourmet. Além de reduzir o impacto ambiental da agricultura, simplifica a vida do jardineiro e universaliza o acesso a uma boa alimentação. Tudo, mas tudo de bom.

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