Un Giardin sul Balcon

"Non ghe xe erba che la varda in sù che non la gabbia la so virtù" (da tradição vêneta)

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

La Fève Tonka


Diz a wikipédia francesa:

La fève tonka est contenue dans le fruit du teck brésilien (Dipteryx odorata). Si elle pousse depuis le Mexique jusqu'au Brésil, c'est au Venezuela, en Guyane et au Brésil qu'on la trouve surtout. Tonka vient du tupi, où elle désigne l'arbre lui-même. La fève tonka a pour synonymes coumarou ou coumarine, qui désigne également une des substances principales qui la compose. Elle constitue un anticoagulant léger. À faible dose, elle possède des vertus médicinales, à des doses plus importantes, elle a toutefois des effets néfastes pour la santé. Elle est utilisée dans l'alimentation, la parfumerie, la cosmétique (...) pour son odeur forte et caractéristique, que certains qualifient de vanille et de foin coupé, d'autres de cousine du musc. 
Naturalmente que nós, sendo brasileiros, conhecemos muito bem a fève tonka e a empregamos em substituição à baunilha importada e caríssima na maioria das receitas, inclusive a empregando também, por vezes, no lugar da noz moscada, do cravo ou da canela verdadeira, todas especiarias exóticas ao nosso terroir...
Claro que estou ironizando. Sendo um país de dimensões continentais, é compreensível que não a conheçamos. Eu mesma vim a conhecer a fava de cumaru numa edição da revista Saveurs e, muito curiosa, naveguei na internet até descobrir o que era, comprar uma amostra e recebê-la dos instáveis carteiros de Teutônia, há poucos meses. A primeira impressão foi o seu impactante aroma, que tomou conta da minha bolsa, do armário...cuidado, é doce, mas ameaça dominar e enjoar com facilidade.
Algum tempo depois, vi o Chef Giovanni Grasso trazê-la na mala, lá da Itália, para nos ensinar a usá-la em um purê de maçãs que acompanhava um manzo brasato. Isso é que é chato: que estrangeiros conheçam nossa flora melhor que nós. Tem um ranço de colonialismo nisso que mexe com meus brios, ah tem. Enfim...
Dica interessante: ralar uma fava junto ao pó do café, como já ensinei a fazer com o cardamomo;
Meu uso: meus bolos são terríveis, mas até que este, de cenoura, ficou passável com o aroma da fava de cumaru.

 

Médicos: olhem só: a fonte dos anticoagulantes cumarínicos!!! claro: cumaru... ah tá... cuidado aqui: não se deve empregá-la em excesso, sob o perigo de hemorragias. Nada de tomar 2 a 3 xícaras de chá de fava de cumaru, como diz na embalagem (olha só o perigo dos chás naturais...) só se o seu sangue for sólido! 
Arquitetos: sim: é a fava da árvore cumaru, aquela que dá madeira para os móveis da TokStok! Que coisa né? pena que a madeira não conserva esse aroma... já pensaram que lindos sousplats e bowls para doces?

3 comentários:

  1. Mas quem sabe se a gente morasse num país tropical tipo o Brasil a conheceríamos....bjubju

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  2. Preciso corrigir TRÊS injustiças!
    Primeira - o gênio que sugeriu a calda de chocolate sobre o bolo de cenoura foi omitido do post...
    Segunda - os teus bolos não são passáveis. Na realidade, eles são INCOMPREENDIDOS. O mundo ainda não está preparado para a mistura de sabores dos teus bolos.
    Terceira - Instáveis e barulhentos carteiros de Teutônia... acho que são eles que tocam o sino da igreja todos os dias.

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  3. heheheheh...o gênio és tu, meu querido, cada vez mais gourmet que estás. a questão dos bolos não é o sabor, é o "embatumamento". hoje descobri que os carteiros queimaram minha carteirinha de sócia do slow food. grrrrrr....

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