Un Giardin sul Balcon

"Non ghe xe erba che la varda in sù che non la gabbia la so virtù" (da tradição vêneta)

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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Chłodnik

A Polônia tem uma tradição adorável, infelizmente não trazida pelos imigrantes ao Brasil: sopas geladas, doces ou salgadas, para comer no verão. Não que eles tenham alguma coisa contra as sopas quentes, mesmo num calor de trinta graus. Isso eu mesma testemunhei. Pois eis aí a minha versão de chlodnik (pronuncia-se huôdnik, com um "h"bem forte, quase um "r"):
Sopa Gelada de Uvaia e Baunilha
100g de polpa de uvaia picada (guardar uns pedaços bonitos para decorar)
60g de açúcar cristal
130ml de água
150ml de iogurte natural
Ferver a baunilha por cinco minutos em uma calda rala, feita com açúcar e água. Retirar a fava, deixar a calda esfriar e misturar a uvaia picada e o iogurte, batendo no liquidificador. Gelar, mas deixar líquida. Eu servi decorada com os pedaços de uvaia reservados, folhas de cidró e um risco de geleia de uvaia. Miam, miam!
Cold soups are a lovely tradition in the Polish summer (although, as I could witness, they keep eating the hot ones despite the weather). My version is an uvaia and vanilla chlodnik: 100g of uvaia, clean and seedless; 60g sugar, 130ml water, 150ml plain yogurt, a vanilla bean. Boil the vanilla bean for five minutes in a syrup made of the water and the sugar. Remove the vanilla bean. After the syrup has cooled down, mix it with the uvaia and the yogurt and let it in the freezer until cool, but still soft. Yummy.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Algumas Frutas Incomuns

Na foto acima, figo-da-índia, noz pecan, uvaia, butiá e guabiju, comprados na Feira Ecológica, abaixo de uma chuva torrencial. Como falei do butiá num post anterior, vou falar das outras frutas, porque noz pecan todo mundo conhece.


O Opuntia ficus-indica é uma cactácea originária do México e levada das Américas (As Índias Ocidentais) ao Mediterrâneo pelos navios de Colombo (os marinheiros o ingeriam para prevenir o escorbuto). Em italiano, chama-se ficodindia e seu consumo maior se dá na Sicília, no sul, onde serve de base também para bebidas alcóolicas. Em Israel, o figo da índia chama-se sabra, e é costumeiramente consumido (também se chamam assim os judeus nascidos em Israel, em contraposição aos nascidos em outras partes do mundo). No México, ele é muito importante, aparecendo até mesmo no símbolo do país. No Rio Grande, o figo da índia é a Tuna, citada no Canto Alegretense:
Ouve o canto gauchesco e brasileiro
Desta terra que eu amei desde guri
Flor de Tuna, camoatim de mel campeiro
Pedra moura das quebradas do Inhanduí
Pretendo produzir Mel de Tuna, assim que descobrir como...

Este é o guabiju, fruto da Myrcianthes/Eugenia pungens, nativa do Rio Grande. Ganhei dos Bellè, de Antonio Prado, que tem uma banca na Feira Ecológica e também tem um blog legal (ao lado). Esses frutos amadurecem entre janeiro e fevereiro. Sei que se colocam na cachaça. O gosto in natura não é dos melhores, devo confessar. Depois que eu decidir, conto o que farei com eles.

E essas são uvaias (Eugenia pyriformis), simplesmente deliciosas, amarguinhas, com uma casca aveludada. Os Bellè fazem sucos com estas frutas, pois elas são difíceis de transportar, machucam-se com facilidade, mas hoje, aventuraram-se a trazer algumas. Sua safra é entre novembro e dezembro por aqui. Não faço a menor ideia do que fazer com elas...
These are some unusual fruits I bought today: indian figs, guabijus and uvaias. Indian figs are from Mexico and very common there and also in Southern Italy. It may be transformed into liqueur, jam, ice cream or juices. Guabijus are still a mystery to me... Uvaias are very friable but surely delicious, slightly bitter and velvety covered. Maybe I can do some jelly out of it. Gotta think fast, thought. It sure rottens fast!